Nesse episódio fizemos um bate-papo com Joyce Mendez sobre colonialidades e racismos no ativismo pelo clima.
1º Bloco – A Atuação dos jovens não-brancos e racismos no ativismo pelo clima;
2º Bloco – Como decolonizar esses espaços?
3º Bloco – Considerações Finais.
Muito tem se falado sobre a importância de se preservar o meio ambiente. Mas isso não é algo recente. Já em 1972, na Suécia, aconteceu o primeiro grande evento voltado ao tema, a Conferência de Estocolmo. Vinte anos depois, no Rio de Janeiro, foi realizado um evento muito maior, a Conferência das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que ficou conhecido como Eco-92, de onde saíram convenções sobre biodiversidade e mudanças climáticas. Da Eco-92 também saiu a Agenda 21, um acordo entre 179 países voltado ao desenvolvimento sustentável. Alguns anos depois, em 1997, o aprofundamento da Convenção sobre Mudanças Climáticas levou ao surgimento do Protocolo de Kyoto, para a redução da emissão de gases que agravam o efeito estufa.
Com o tempo, parece que os países começaram a se dedicar menos a esses temas, mas entre os jovens a preocupação aumentou. Em 2018, as ações da Greta Thunberg, então com apenas 15 anos, começaram a ganhar visibilidade no mundo todo.
Além dela, diversos outros jovens têm surgido e se posicionado nessa luta, como a Autumn Peltier, uma indígena da Nação Wikwemikong do Canadá, a Hamangaí Pataxó, indígena Pataxó do Brasil, a Xiye Bastida, mexicana com ascendência indígena Otomi, Tolteca e Azteca, o Tahsin Uddin, de Bangladesh, a Mitzi Tan, da Indonésia, o Nkosilathi Nyathi, do Zimbábue, a Vanessa Nakate, de Uganda, entre muitos outros.
Já ouviu falar neles?
Pois, é. Conforme a mídia internacional começou a dar espaço e destaque à atuação de Greta, começou-se a perceber que uns ganham mais atenção do que outros.
Por exemplo, em 2020, no Fórum Mundial de Davos, que acontece regularmente na Suíça, 5 jovens se reuniram para tirar uma foto. Estavam lá: Greta Thunberg e Isabelle Axelsson, da Suécia, Luisa Neubauer, da Alemanha, Loukina Tille, da Suíça, e a Vanessa Nakate, de Uganda. Na ocasião, agências como a Associated Press “cortaram” Vanessa Nakate, a única negra, a única que não era europeia, branca e loira, da foto.
É claro que a luta pelo clima e pelo meio ambiente não é algo restrito aos “brancos”. Mas como podemos notar, paralelamente, é preciso também lutar contra o racismo.
Nesse episódio conversamos com a Joyce Mendez, que também é uma desses tantos jovens que vêm lutando pelo meio ambiente.
Ouça a conversa no episódio #36 do decoloniza! O podcast da Ocareté.
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Trilha: Oslodum por Gilberto Gil (Wired Magazine) / Creative Commons – Sampling Plus License 1.0